sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Reflexões no interior I



Estou só. Com tempo para refleti sobre a vida, sobre os acontecimentos passados (sem interrupções esporádicas) e até mesmo sobre o que quero para mim. Reflito sobre o que fiz com meus ideais de vida, os que permanecem e os que os abandonei. Busco os porquês de minha vida. Toda vez que venho para cá é assim. "Você está feliz?" Sou sempre interrogada (por mim, por outros). Sei que todas as vezes que me refugio aqui é uma passagem. Mas para mim não são apenas dias quaisquer. Ou simplesmente porque acho que devo vir aqui. Gosto de estar assim, de pensar que o mundo é limitado, de viver essas limitações. Gosto da rotina calma daqui, apesar de não gostar dela no dia-a-dia, aqui ela é tão natural que me faz reinventá-la. Aqui se tem tempo para relembrar. Para analisar os passos. Aqui se vê que é importante planejar e cumprir. Percebo que cada vez que retorno estou melhor. Que recebo os acontecimentos e fatos corriqueiros com mais positividade, a cada ano. Sem desespero e alardes próprios da pouca idade. Eu sempre saio melhor daqui, mais forte. Eu gosto de viver mundo diferentes do meu e fingir que estarei ali para sempre. Passar-me por uma função ou outra, como se aquela fosse também a minha rotina. Mas volto à realidade, e vem o medo. Fico com medo de que da próxima vez eu retorne na mesma ou pior. Isso nunca aconteceu. Mas esse mesdo é bom. Sempre me faz querer ser melhor e é ele quem não me deixa parar. Vou com novo gás. Novas esperanças. Novas vontades, influencidas pela rotina daqui. Levo muito, mais do que deixo. Aqui eu não sou melhor, não sei os ofícios, não faço parte, apenas estou. Faz-me querer ser aprendiz da vida. E também percebo que em outros mundos também de vive feliz.Vejo como sou vista de outras janelas do mundo. Acabo recuperando a vontade de vencer. Sinto-me melhor, hoje!

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