quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Acabou agosto... ficam lembranças!

Agosto levou os melhores dias q já vivi até hoje, os da minha formatura. Antes desses dias, não fazia questão de casar na Igreja, mas senti por três noites o gostinho de se sentir amada, assediada, especial, e o pior de tudo, gostei! Vivi dias maravilhosos, dividi momentos preciosos e relembrei outros que jamais sairão da memória. Na faculdade construi pontes pra toda a minha vida, sejam elas visíveis ou não. Amizades eternas e sinceras, conhecimentos de mundo, conhecimentos acadêmicos, lições para serem lembradas.
Hoje sei que não se sai da faculdade com as mesmas ideias, porque lá abrimos uma janela para novos mundos, que podem e devem ser desbravados. Amei tudo q vivi, até mesmos as vezes que chorei por não poder fazer além dos meus limites! Aprendi muito e quero viver em dobro. Sinto muita saudade de tudo... Abaixo, escrevi duas passagens em que a saudade sufocava meu coração, porque esta palavra (SAUDADE) nos afasta de tudo que vale a pena viver!

Prazer da obrigação

Ainda está tudo tão recente, mas a saudade já sufoca... ver as fotografias, relembrar os momentos, saber que a obrigação de estarmos juntas era o nosso prazer. A obrigação já não existe, os momentos ainda estão fresquinhos, mas não podemos estar mais tão próximas, tão necessitadas, tão carentes, tão deprimidas, tão feliz demais, tão triste não sei o porquê ou por vários motivos... estávamos lá, sempre ou sempre que se podia (tenho de destacar). Já não mais nos veremos assiduamente, para perguntarmos “Que cara é essa”? Ou para os “Hummm, brinco novo!” e “Olha, de calça nova!” A constância nos fazia perceber esses detalhes. São tantos detalhes que só nós percebíamos, e quando não percebíamos, fazia-se questão de se perceber. Às vezes me pergunto por que tudo tem de passar... não precisa passar. Quem escreveu esse ‘discurso fundador’? Não quero que passe... mas falta a obrigação. Ela nos trazia ao mesmo lugar, a nosso lugar, todos os dias. A mesmice nos obrigava a notar o que é novo. E agora? Os reencontros são só alegrias, porque é o que se pode sentir quando se rever alguém amado. Nunca mais viveremos as mesmas coisas... nunca mais teremos olhares que diziam tudo, mesmo sem ao menos piscar. Falta-nos agora o tempo. Aquele mesmo tempo que nos obrigava a ficar juntas. Agora ele não existe. Criam-se novos tempos, para novos objetivos. Teremos outras obrigações, e viveremos novos prazeres... Final realista demais? É o que vejo, e vem o sufocamento, afinal, o mundo nos mostra e nos cobra novos passos, de novo, como fez no colegial. Mas esses, vividos tão logo, recentemente, farei questão de lembrar.

Sentimentos são eternos

_Não consigo ser confidente de alguém e de um ritual para outro mudar tudo! Um dia faltam palavras para comentários demais, no outro não se tem assunto. Não aprendi ser assim. Talvez sofra tanto pela lógica do mundo. Sentimentos são eternos, as lembranças não. Girar é a lei do mundo. Que lei mais desumana para um mundo de pessoas! Um dia estamos num trem e quando estamos nos adaptando, temos bruscamente de saltar (e ainda se festeja esse salto) pra encarar uma nova estação, novo trem, novas pessoas... Não quero saltar, mas o trem já não me comporta mais. E o que eu faço com os sentimentos? E com as minhas confidências diárias? Conto-as a quem?

_A novas pessoas.

_A mudança é cruel. E o que fazer com as juras de sentimentos eternos e as lembranças de momentos que não quero esquecer?

_As lembranças vão passar e junto com elas dias felizes se vão, dias que não estão mais aqui e serão vividos sem igualdade em uma nova ocasião.



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